daquele "e viveram felizes para sempre". Achei sempre demasiado redutor, e falso.
Por várias razões, ninguém vive feliz para sempre. Há momentos de luta e atritos, há o chorar a dois, há o gritar a dois ou em mono. Há o saber encontrar o nosso espaço comum num mundo até aí uno e indivisível.
Outra razão será a da verosimilidade. Normalmente as histórias que acabam com este apanágio (ou será adágio? Ou nenhum dos anteriores?) são construídas por aventuras e desventuras, crises e complicações várias, alguém acredita que vivendo uma vida tão atribulada até ao casamento, a partir deste se leve uma vida idílica? E a sogra não tem nada a dizer?
Acho que as melhores histórias que se podem contar são as que partem deste ponto. Depois do para sempre. Aí veríamos como o contador de histórias nos enganou. Talvez seja por isto que gosto tanto do final do Retrato de Ricardina. Prometo um dia destes colocá-lo aqui, para verem o que quero dizer.
CONCLUSÃO
-
Para pôr um ponto final no assunto, a que não tenciono voltar antes de
Setembro, data em que o recurso do MP deve chegar à Relação de Lisboa (não
esquece...
Há 10 horas
Sem comentários:
Publicar um comentário