terça-feira, novembro 09, 2004

Mais um poema, agora da Esfinge Gorda

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobates!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
e eu quero por força ir de burro!

Mário de Sá-Carneiro

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