No público de hoje, Domingo, a manchete é "Alunos portugueses passam demasiado tempo a fazer tpc´s". Eu até desconfio que isto é verdade, mas depois de ler o artigo fico com outra ideia, pais portugueses não participam na educação dos filhos, não sabem, não estão para isso, estão cansados, têm mais que fazer.
Acho que precisamos de equilíbrio, estamos a ficar cada vez mais facilitistas. Hoje já não se deve (pode?) chamar um aluno de burro, porque não o é. Já não se deve (pode?) chumbar um aluno nos primeiros 4 anos de escolaridade. E depois queixam-se que os alunos, adolescentes e jovens não saibam ler!!! E ler é somente o primeiro factor, enfim...
Dou dois casos, na Faculdade onde lecciono, pedi aos meus alunos para verem a primeira notícia dum dos telejornais da noite. Nem todos conseguiram ver. Pedi uma pequena pesquisa sobre o tabaco duam semana para a outra (dados, estatísticas, enfim o necessário para termos um debate sobre tabagismo). Numa das turmas (1 em 3) somente uma aluna trouxe material, falta de tempo? De zelo? Anos e anos de cansaço acumulado? Respondam-me vocês...
Dou o outro, tive menos duma semana a dar aulas num Colégio particular de Lisboa, pedi a um dos alunos que comentasse "o poeta é um fingidor, finge mais completamente...". Não conseguia, não percebia. Pedi-lhe que o lesse em voz alta, fê-lo. Fiquei de boca aberta, o meu primo de 7 anos lê melhor que este aluno que tinha média a Português de 17!
Enfim, equilíbrio por parte dos professores, por parte dos alunos, por parte dos pais,É fácil criticar o ensino, os professores, os burros dos alunos, etc. Olhemos com alguma coerência para todo o quadro, em vez de ficarmos a falar somente dalgum borrão de pintura.
Colinho português aos gangues moçambicanos
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Karl Marx, Vladimir Lenine, Mao Tsé Tung, Ho Chi Min, Kim Il Sung: são
nomes de algumas das principais avenidas da cidade de Maputo, capital de
Moçambique....
Há 12 horas
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