Não tive coragem para ver as reportagens e documentários que deram hoje sobre Auschwitz.
Estou demasiado cansado e deprimido para ver, pensar e chocar-me com a estupidez humana.
Aliás, já vi várias imagens de Auschwitz. Já li sobre os campos de concentração. Já gelei, já queimei cá por dentro.
Lembro-me o livro de Primo Levi, "Se isto é um Homem", e tenho vontade de gritar: Não! Estamos a falar dum animal!!!
Lembro-me da história relatada em "Maus" de Art Spiegelman e não aceito compreender porque passa um homem durante uma guerra, num campo de concentração. O pai de Spiegelman perdeu-se na miséria e na dor. Ou afastou-se somente. É estupidamente compreensível a incompreensibilidade daquela personagem.
Lendo Spiegelman (sim a BD também se lê) e Levi vejo-me bater contra as arestas da estupidez, maldade, crueldade humanas.
O que nos leva a tal requinte? Sei lá!
Há 60 anos, os soldados russos estupidificaram perante a realidade de Auschwitz. 60 anos volvidos esquecemos demasiado rápido, ou ficamos anestesiados perante a massificação de informação levada a cabo pelos media.
Mas não tentemos apagar ou esquecer, nem minimizar o que aconteceu.
PS. Se tiverem tempo leiam uma destas obras. FeatherSlice, pedias num dos teus posts um bom conselho. Ficam aqui 2. Excelentes, ainda que arrepiantes, cada qual a seu modo.
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O sermão de Domingo passado, chamado "O futuro que vem do rosto de Deus",
pode ser ouvido aqui (ou no Spotify).
Há 11 horas
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