Paulo Portas fez o que achou que devia, demitiu-se.
Achei demasiado, mas ele lá sabe. Da coligação dos últimos três anos achei sempre que a coerência e a estabilidade vieram sempre do PP. Mesmo que não se goste do senhor, ou o tenhamos como hipócrita Paulo Portas provou que não tem medo de deixar o lugar. Mesmo que se recandidate logo a seguir. Disse que a mensagem não chegou aos portugueses, talvez por culpa própria e sentiu que os seus objectivos ficaram, todos, por alcançar.
Santana estrebucha e com ele o PPD-PSD. Parece-me antes demais que vamos assistir a mais uma luta fraticida dentro do partido laranja. Alguns dos guerreiros já se colocaram na linha da frente, outros se colocarão, em cada respectiva fileira. Espero que o Partido se saiba reconstruir, para tentar uma vitória nas autárquicas.
Enfim, resquício dum Domingo de eleições, que somente agora vai dar de falar.
Estou apreensivo, lembro-me que falava com o João e dizia-lhe há uns anos que se Guterres conseguisse alguma coisa de positivo mudava de partido. Isso não aconteceu, embora para o João os Governos Guterristas não tenham sido assim tão maus. Não vejo melhorias com Sócrates, talvez me engane, gostava de acreditar nisso. Não ouvi em toda a campanha, e ontem também, um único discurso que me desse a possibilidade de sonhar com um futuro risonho. Foram todos demasiado ocos. A Santana chamavam de popularucho, de Sócrates somente dizem que é oco!
É por isso que não entendo a maioria absoluta, é um cheque demasiado branco (mas já disse isto). Aliando o cheque às lutas internas do PSD, tenho medo de sair à rua nos próximos tempos.
Mas espero que o meu cinismo seja vencido pelo trabalho, luta, empenho e capacidade socialistas.
Mas raramente o meu cinismo me enganou...
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