terça-feira, maio 03, 2005

Eu acho que...

Ou, é assim, ou táj a ver, ou tão a ver...é assim que a maior parte das pessoas (incluindo os jovens, mas presente em todas as faixas etárias) começam as frases/orações (estamos no âmbito da gramática e não do religioso). É triste ou simplesmente normal? Já que deriva do nosso excelente ensino. A mim quer-me parecer que existem várias falácias e deficiências nos programas, métodos, fórmulas e que mais enunciados pelo Ministério da Educação e demais Governos.
A principal, pelo menos nesta questão, é a divisão do português a partir do 10º ano. Se o aluno decidir enveredar por Ciências, Matemática ou Artes deduz-se que não precisa do Português para nada. Ora, se isto, até é verdade com a Matemática no que diz respeito aos alunos de Português/Letras pelo menos em certa medida, estaremos a esquecer-nos de que todo e qualquer indivíduo fala e usa a sua língua.
Possivelmente deveríamos, afastar os alunos destes outros cursos de literatura "mais pesada" (se alguém souber o que isto é, diga-me), quiçá organizar um programa em torno do uso oral e escrito da língua mãe. É constrangedor ver alunos na faculdade (e aqui temos de dar o braço a torcer, acontece com alunos de Letras as well) que não sabem escrever ou falar.
Volto a uma questão que já mencionei aqui mais do que uma vez. Nem todos os que são professores o deviam ser. Há necessidades de ordem motivacional a serem tidas em conta, o professor deve alterar o conteúdo das aulas perante as diferentes turmas e o diferente percurso dos alunos.
Uma das coisas que mais me chocou, e atrasou, na faculdade foram as aulas de linguística. Para mim Linguística é difícil, o meu cérebro não aceita tudo aquilo como lógico, simplesmenta não entra cá dentro. E chateava-me os alunos de Estudos Portugueses serem avaliados pela mesma bitola (quando não mais severamente) que os alunos de Linguística propriamente ditos.
Deverá e terá de haver uma caracterização dos objectivos de cada curso/áream de cada currículo e futro possível de cada aluno e a partir destes parâmetros criar um programa que responda (não é agrade, é responda) às necessidades, presentes e futuras, dos alunos.
Claro que isto custa dinehiro e demora tempo, mas parece-me que poderia ser um caminho possível.

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