sexta-feira, junho 17, 2005

Traumas da Velha Senhora...

Sou relativamente jovem para saber na pele o que foi a ditadura. Não sei, mas tenho, pelo menos, uma pequena ideia. Obviamente que não concordo, mas compreendo quando ouço alguns dizerem "isto no outro tempo não era assim".
Coisas há que mudaram para melhor, outras que...
Não li, nem ouvi o debate no parlamento sobre "o arrastão". Ouvi sobre a troca de palavras entre direita e esquerda. E fico pasmo.
Assim de boca aberta e com cara de parvo, sabem?
É que há na minha opinião uma demasiada permissão face ao crime/criminoso em Portugal. Seja branco ou preto, ou de outra cor qualquer. O problema que se põe é que sempre que há um crime perpetuado por pretos, não podemos falar muito alto, ou de crime, ou de delinquentes porque isso é xenofobia ou pior ainda racismo. Para mim é estupidez! Pura e simples.
Chamar os burros pelos nomes pode ser difícil, mas é necessário. Actuar é imperioso.
E nem o argumento do Bispo Januário se pode aceitar (é um acto incomum, não acontece todos os dias). Como é que um criminoso menor escapa impune? Nem sequer pode ser detido pelos policiais? E não estou neste momento a apelar para qualquer cor de pele!
Deportar todo o estrangeiro culpado de crime é uma norma que mete imenso medo à esquerda, e eu não percebo porquê! Se é culpado e não pode ser castigado judicialmente, ao menos que o seja deste modo. Serviria de exemplo para todos os outros que querem fazer o mesmo, e seria justo para os muitos emigrantes sérios que moram neste país. Mas segundo a esquerda isto deve ser um pensamento racista ou xenófobo.
Já falei aqui da não visita de Jorg Haider a Portugal. A esquerda "passou-se" e fez os possíveis e impossíveis para impedir o dito senhor de vir a Portugal. Era de extrema-direita.
O líder comunista chinês veio a Portugal e foi-lhe entregue a chave da cidade! Quem tem mais sangue nas mãos? Porque é que não vemos a realidade dos actos, distinguindo-os da pessoas e das ideologias?
Ouvia, hoje na rádio, sobre a vigilância e atitudes policiais previstas amanhã na marcha do Martim Moniz, pressupostamente racista. Porque protesta contra o arrastão! Falava-se numa acção policial da mesma envergadura das mesmas a claques de futebol em derby! Falava-se já em acções futuras, tanto dos manifestantes (violência, incitamento, atitudes racistas, etc), como dos policiais para impedir as ditas atitudes. Algo que ainda não aconteceu já merece destaque e cenários negros.
O cenário negro do arrastão é minimizado, e devemo-lo esquecer. E nem falemos da cor da pele, porque isso é racismo, mesmo quando esta é a realidade.
A esquerda tem medo dos argumentos de direita, mesmo quando estes são lícitos, porque já
viveu o extremismo das posições. Mas esquece o seu extremismo e exacerbação porque minimiza as ditaduras de esquerda.
Adenda: os políticos esquecem o zé povinho, eles não nadam nas mesmas praias do que nós, não andam nos mesmos transportes colectivos (nem nos mesmos, nem noutros). Para eles há sempre segurança (com jornalistas atrás, com seguranças, com escoltas de vária ordem). Não admira que para eles o país seja bem seguro! Tirem as palas, e sejam correctos.

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