Há quem decida correr, ou ler, ou fumar um cigarro. Eu ponho-me à frente do computador.
Olho para o ecrã branco, acho que no passado era uma folha branca, e decido ser deus. Assim com letra pequena, porque o poder dá-me náuseas, mas às vezes é preciso.
Sinto que tenho medo, além do prazer, de criar algo a partir do nada. É estranho olhar para algo que sabemos que foi criado por nós. É infinitamente bela a noção de que somos capazes de criar.
Muitas vezes não depende, completamente, de nós. Quando se faz um filho não escolhemos todos (nenhum!) os seus atributos.
A verdade é que escrever acalma-me. Não é tanto o escrever algo, mas escrever sentimentos, sensações, ideias. Não é a história, a acção que me acalma, não são as personagens a interagir que me animam. É a tentativa de algo mais interior vir à superfície, é a tentativa do irracional racionalizar-se. Não quero explicar nada, inventar nada, criar nada.
Olho para o ecrã branco, acho que no passado era uma folha branca, e decido ser deus. Assim com letra pequena, porque o poder dá-me náuseas, mas às vezes é preciso.
Sinto que tenho medo, além do prazer, de criar algo a partir do nada. É estranho olhar para algo que sabemos que foi criado por nós. É infinitamente bela a noção de que somos capazes de criar.
Muitas vezes não depende, completamente, de nós. Quando se faz um filho não escolhemos todos (nenhum!) os seus atributos.
A verdade é que escrever acalma-me. Não é tanto o escrever algo, mas escrever sentimentos, sensações, ideias. Não é a história, a acção que me acalma, não são as personagens a interagir que me animam. É a tentativa de algo mais interior vir à superfície, é a tentativa do irracional racionalizar-se. Não quero explicar nada, inventar nada, criar nada.
Quero ouvir, ver, sentir através das palavras.
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