quarta-feira, novembro 09, 2005

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Asas do fatalismo
Uma vizinha na puberdade passa por mim no hall do prédio. Sai vestida como uma rameira argentina. O fenómeno agudiza-se pelo facto de ser gorda. Sei que é a quantidade de epiderme à mostra que agora lhe vai garantindo alguma navegabilidade social. Um jogo de damas perverso em que permanecem no tabuleiro as peças que se deixam comer. Daqui a 10 anos estará demasiado obesa e roída para almejar projectos maiores do que alimentar os dois filhos nascidos antes dos 20.Nada como apanhar o elevador para ouvir o farfalhar das asas do fatalismo logo pela manhã.

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