quinta-feira, setembro 28, 2006

Porque é que lemos o que lemos?

Não sei, costumo passar aos meus alunos que não somos obrigados a ler o que os outros andam a ler. Devemos ler o que gostamos, por muito, e desculpem o empréstimo musical, pimba que seja.
Costumo dizer nas aulas o seguinte. Se só gostamos de blockbusters americanos, com efeitos especiais, explosões e porrada a rodos, se calhar vamos cometer um erro se formos ao cinema ver um filme turco, ou belga. Não digo que não gostarão dos filmes, mas se não gostarem é melhor evitarmos só porque alguns dizem que são bons. Não são o nosso estilo e pronto!
Tudo isto vem a propósito deste post no Da Literatura .
O Eduardo Pitta tem razão quando diz que se lê em Portugal, não somos é todos obrigados a ler o mesmo. Já tentei ler o Paulo Coelho e, ainda que não estivesse junto a um rio, chorei (os leitores que tirem as suas conclusões); li o Equador e gostei bastante (e tenho na lista que dou aos estudantes, e alguns têm-no escolhido). Mas, não é pela tiragem que somos obrigados a ler o livro x ou o autor y, mal estaríamos.
E, emconsonância com o Eduardo, nem sempre as pessoas lêem o que nós gostaríamos que lessem, mas se lêem eu já fico contente. Fico triste com alguns escritores, os jovens e os canónicos, que não são lidos, que são ignorados. Será que um Plano Nacional de Leitura resolveria as coisas? Não sei, mas uma ou duas resenhas de vez em quando nos blogues, e uma ou duas indicações de leitura poderão fazer tanto, ou mais, que um PNL. Estarei errado?

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