quinta-feira, novembro 09, 2006

No nono ano apanhámos um professor de biologia. Que não estava muito à vontade na cadeira, já que estava a terminar a licenciatura em Direito.
Não percebia muito de biologia e usava um livro demasiado diferente do nosso. Cheguei a utilizar o teste de um colega de outra turma que tivera 16. Com as mesmas respostas acertadas consegui 11.
Lembro-me da Filipa, aluna de 18 e 19 quase ter recebido um 7. Quase, porque quando ele se aperebeu de quem era a Filipa alterou para um 17, assim com uma caneta. O contrário também acontecia,~"João tem um 16! Quem é o João? Ah! Desculpe, tem uma 10."
Era por caras.
Numa das aulas, de sábado (!), mandou-me para a rua, por rebentar um balão da pastilha. Eu! Que nem tinha pastilha. Sabia quem fora, mas não o disse.
Comecei a discutir, mas alguns dos colegas disseram-me para me acalmar e sair.
Meio contrafeito, fi-lo.
Tinha dado 5 passos quando um deles saiu da sala e me acompanhou, quando chegámos ao telheiro éramos cerca de 10. Nessa aula só ficaram algumas das meninas. Todos os rapazes saíram.
Numa outra sala o Daniel pede licença ao Carlos e coloca o braço do Carlos à volta do pescoço.
Chama o professor e diz que o Carlos o está a magoar. O Professor dá ordem de soltura ao Carlos. Este não se fica pelas medidas e começa a gritar, esbracejar, e pontapeia uma ou duas mesas e atira uma ou duas cadeiras ao ar.
Tentámos acalmá-lo, percebendo a brincadeira, mas o Carlos não estava pelos ajustes.
Não me lembro de como acabou o dia, mas o Carlos passava-se de vez em quando, e se isso não acontecesse é que achávamos estranho.

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