segunda-feira, junho 11, 2007

Euro sub21

Comecemos na literatura. Em Portugal, país de leitores (ou analfabetos funcionais, ou quanto muito de compradores) gostamos de chamar alguém de escritor quando está com os pés para a cova ou quando já está a fazer de tijolo há algum tempo (que pode ir de um dia a uns séculos).
No futebol, agimos de maneira oposta, ainda o tipo corre de cueiros e já o apelidamos de o melhor de todos os tempos (idos, presentes e futuros).
Olhemos para a nossa selecção de sub21, passemos os olhos pelos jornais da semana passada (e já agora os olhos e ouvidos pela televisão e rádios) e chegamos à conclusão que temos a melhor equipa do torneio (verdade seja dita, somos sempre os melhores, qualquer que seja a competição). Depois quando empatamos com a Bélgica (ao menos foi um empate) achamos estranho. Assim como ignoramos os autores fulcrais da nossa literatura (mortos ou vivos), mas sem achar estranho.
Engraçado, não é?

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