Há coisas que me fazem confusão. Algumas têm que ver com o meu QI, como seria de esperar, outras penso que terão a ver com o QI dos outros.
Há atitudes de governantes e legisladores (e outros) que não têm pés, nem cabeça. O que é o Estado? Ou melhor, quem é o Estado? Ao contrário de muitos, não acredito que nós somos o Estado. Primeiro, porque as medidas não são tomadas tendo em conta o bem do cidadão, e isto acontece cada vez mais. Depois porque o povo refila mas pouco age. Está mal, deve estar, mas a acção limita-se a dizê-lo. Não há acções concertadas, não há zangas generalizadas com o Governo, não amuamos, nem saímos de casa. Refilamos, só e simplesmente.
Tudo isto por causa da ASAE.
É óbvio que há situações em que é necessária a sua intervenção. Obviamente. Como seria óbvio que se respeitasse a qualidade, a frescura bem como a tradição.
Em mais de metade dos casos os comerciantes optam por congelados, peixe, carne ou outros. Os congelados podem ficar no frigorífico durante algum tempo, o que não é congelado só durante um dia, ou pouco mais. Tudo o que tem etiqueta (que por norma indica corantes, conservantes e outros) pode ficar, tudo o que é feito ou transformado pela pessoa (por exemplo, rissóis caseiros) não pode estar na arca, não tem condições, vai para o lixo.
Lia, a semana passada, sobre a morte da açorda. Os restaurantes não podem ter pão de um dia para o outros!!!
Amigos da ASAE! Que vocês nunca tenham comido como deve ser, que não saibam apreciar um bom prato português ou que prefiram o congelado ao natural/fresco é algo que me limita. Limita-me o estômago e limita-me os limites. Pelo que tenho lido e ouvido, o equilíbrio é termo desconhecido por vocês. Não se limitam aos casos flagrantes, à falta de higiene real e preocupante. Querem matar os pequenos negócios, a tradição, o prazer de comer, e a pequena réstia de esperança em quem manda em nós.
Na ânsia de defender o público (AH! Que piada) correm o país em busca de acabar com a javardice, quais Robins dos Bosques modernos, e ao serviço do Príncipe João.
Pena que entre estes governados não haja verdadeiros homens de bem que queiram defender a justiça.
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