terça-feira, fevereiro 19, 2008

Portugal Inundado

Não mudámos nada e não mudamos nada. Falamos muito. Queixamo-nos de toda a gente. Mas nos momentos críticos ninguém tem culpa.
As cheias de ontem foram um exemplo crasso. Toda a gente refila, mas enquanto forem falando, a obra fica por fazer. Desde que se entretenham as comadres!
Seja de dez em dez anos, ou de vinte em vinte os problemas mantêm-se. Ninguém tem arte para os resolver.
As câmaras sacodem a água, e um pouco da lama. O poder central idem idem. As seguradoras estão mais habilitadas para receber do que pagar. E estamos todos nisto. As televisões têm directos a rodos. Os jornais imprimem algumas notícias.
Do Governo nem uma única palavra, o que até será bom, porque a oposição sacrificá-lo-ia por aproveitamento político.
E o povo, envelhecido ou empobrecido. Sem palavras, dinheiro, negócios, casa.
E pronto. Ficamos assim até às próximas cheias.

1 comentário:

Rute Carla disse...

É mm tipicamente português, "o deixa andar"... até se fazer alguma coisa...