sexta-feira, março 14, 2008

Leituras

Li o 4º volume das aventuras de Erast Fandorin, pela mão de Boris Akunin. Na Rússia é um fenómeno e tem sido comparado a Gogol, Tolstoi e Arthur Conan Doyle. Cada um que decida por si, mas tem-me convencido e surpreendido a cada livro que passa.
São policiais passados antes do início do século vinte, com muito humor e ironia, com cuidado literário, com diversos recursos estilísticos e com uma galeria de personagens extremamente interessante.
Neste 4º Volume Fandorin é "convidado" a investigar a morte de um General, autêntico Príncipe/Herói do povo. Mas, o quem rapidamente é trocado pelo porquê.

A Catedral do Mar de Ildefonso Falcones é um daqueles livros imperdíveis, quer se goste de tudo ou não. Muito bem escrito, sempre capaz de arrastar o leitor por mais umas páginas, levou-me a algumas noitadas durante esta semana.
Nele seguimos a vida de Arnau Estanyol, filho da desgraça, criado e crescido em Barcelona, que acompanha a construção da Catedral do Mar. Vários são os acontecimentos que são narrados ao longo do livro, desde os hábitos do séc. XIII (relacionados com o convívio entre nobres e povo, mas também os hábitos mercantis), às guerras civis, à vida social e económica de Barcelona, entroncando na perseguição aos Judeus e na Inquisição.
A Catedral do Mar consegue duas coisas magistralmente, uma a de nos conseguir envolver sempre mais e mais ao longo das suas 600 páginas, a outra a de nos fazer conhecer e preocupar com o personagem principal.
Ildefonso Falcones constrói o seu primeiro romance e nem parece um primeiro romance. Tendo lido muito do necessário para relatar e descrever a cidade, a cultura e a sociedade da altura é, ainda assim, na caracterização humana e colorida das suas personagens que assenta a principal força do seu romance.
A LER, quanto mais rápido melhor.
9/10

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