sexta-feira, maio 16, 2008

Feira do Livro

Falava ontem com um amigo sobre a Feira do Livro, e ele perguntava-me o que eu achava sobre todo este imbróglio. Eu? Eu não acho nada!
Trabalhei na Feira do Livro 3 ou 4 anos. Por prazer, quase por dinheiro nenhum, ao frio, à chuva, à torreira do sol, com muito ou pouco público. Pessoalmente, penso que esta Feira do Livro já deu o que tinha a dar. As barracas são feias, velhas e incómodas. Obrigar a que se mantenham por mais uma eternidade parece-me uma estupidez. Há quem tenha capacidade financeira para ter outro tipo de instalações? Óptimo, pode ser que chame mais gente à Feira.
Há 4 ou 5 anos que ouço falar de novas barracas, mas a verdade é que a barraca é sempre a mesma (APEL contra UEP). Sempre ouvi dizer quem não tem dinheiro não tem vícios, mas quem o tem pode ter alguns, e não me parece um vício ter uma casa mais aprumada e dar melhores condições a quem os visita.
Já agora, o que é a Feira Do Livro? Em Portugal resume-se a duas coisas. Exposição de livros por parte de editoras, por vezes, a preços menos compensadores do que em algumas lojas, com excepção de promoções especiais e livros do dia (que nunca são livros editados nesse mesmo ano. Aqui, podíamos aprender alguma coisa com o mercado de DVDs); e sessões de autógrafos, muitas das vezes penosas para autores e leitores. Conversas, discussões, debates? Não há!
A Feira enche (quando enche) ao Sábado e ao Domingo, e no Dia da Criança, em que Escolas, Colégios e outros, agarram nas crianças e levam-nas a descobrir o maravilhoso mundo da oferta publicitária, já que são poucos os que compram alguma coisa.
E as casas de banho? Poucas, por vezes sujas, e algumas vezes palco de pequenos roubos (curiosamente, nunca de livros). E, para quem ali trabalha (e não só), os preços? Embora ultimamente a coisa tenha melhorado.
Eu?
Eu não acho nada.

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