quinta-feira, setembro 11, 2008

Em primeiro lugar, convém dizer que a Escócia é um país com uma beleza natural e arquitectónica extraordinárias.
Valeu todos os euros investidos, pena que tenhamos a noção que poderíamos andar por lá mais 15 ou 30 dias que haveria sempre muito mais para ver.
Mas, deixemos alguns dados prácticos para quem possa querer visitar o país dos clans.
Os horários de funcionamento são muito diferentes dos que estamos habituados.
As lojas fecham entre as 17h (nas cidades mais pequenas e no campo) e as 18h (nas cidades grandes). Depois disso, alguns centros comerciais, pubs e restaurantes.
Tendo começado a visita por Inverness (a capital das Highlands), ficámos embasbacados por, na primeira noite - a de chegada, ir até ao centro da cidade e ver tudo fechado (centros comerciais incluídos) às 19h30. Vá lá que encontrámos um restaurante.
Se por um lado, este horário permite aos autóctones maior tempo (em teoria, pelo menos) para estar com a família, por outro, obriga os turistas a começar cedo o dia, já que os museus e restante comércio fecha logo às 17h. A partir das 19h, pelo menos no campo e nas cidades mais pequenas deixa-se de ver gente a passear nas ruas.
O tempo foi sempre mais para o agreste, temperaturas mais baixas (devemos ter apanhado um ou dois dias acima dos 20 graus) e muita chuvinha e chuva também.
A água engarrafada é horrível, choca ou salobra, escolham o termo que mais gostem. Fartámo-nos de comprar garrafas de água, esvaziá-las e encher na torneira. Mil vezes melhor.
Em termos de simpatia, os escoceses fazem-nos corar. Qualquer pessoa mete conversa connosco, e são de uma amabilidade estonteante. Depois contamos duas ou três conversas específicas que tivemos. Cada vez que nomeávamos a nacionalidade vinha o Algarve à baila. NAda contra o Algarve, mas Portugal é mais que o Algarve, de qualquer modo ficámos com noção de que estes tipos quando vão abroad vão, essencialmente, à procura do que não têm - o sol.
Saudades tive, de duas coisas. Do pão e da bica. O pão não é mau, com muito menos sal que o nosso, e mantém-se mais tempo comestível, sem ficar duro. Mas não há côdea dura, o que para um filho de alentejanos, maluco pelo pão do Cercal... é traumático.
Quanto ao café - já sabia que a cultura da bica é nossa, dos espanhóes e dos italianos, e pouco mais. Ainda experimentei dois ou três expressos, mas enfim... Um era num copo de galão e tão aguado que as lágrimas quase me vieram aos olhos. O outro era mais queimado que um leite creme. E o outro era fraquinho, mas deu para matar saudades.
São algumas das notas... mais serão acrescentadas no blog da lua de mel (ver link no post abaixo).

1 comentário:

Carla Espada disse...

Também já visitei a Escócia, estive apenas em Edimburgo. Na falta da nossa bica fiquei completamente adepta do tea with cream.