terça-feira, maio 03, 2005

Trauma ou simplesmente mal habituado?

Acho que temos demasiados jornais (e revistas de informação) em Portugal. Ainda não fiz as contas, mas se tivermos em conta os diários, semanais e as referidas revistas acho o número demasiado alto.
Aparentemenete todos têm a sua quota parte do mercado bem definida. E não me parece que, de momento, algum passe por momentos mais periclitantes. Obviamente que hoje, ao ocntrário do passado, os jornais já não são autónomos, fazem parte de empresas e são mais um dentro de vários organismos informativos (ou de outra índole).
Tudo isto para dizer que comprei, aqui há umas semanas, pela primeira vez o 24Horas.
Tinha saído da faculdade, tinha combinado com o Nuno e com a Sara encontrarmo-nos na Expo, como de costume, mas quando lá cheguei o local estava apinhado de carros.
Recombinámos novo local de encontro e decidi comprar um jornal para ver se descobríamos a razão de tal lotação esgotada, se era a exposição da Fil, se havia concerto no Pavilhão.
Comprei, por essa razão, o 24 Horas. Tentei, em vão, dar de caras com alguma notícia, mas nada. É um exemplo de jornalismo tablóide no seu melhor (pior, na minha modesta opinião). E dou por mim a pensar no porquê de muitas pessoas comprarem este tipo de jornais.
O 24 Horas fez-me lembrar um funeral. Comprei-o com o intuito de ler alguma coisa (informação) e dei comigo a ler notícias anedóticas ou complots pseudo-informativos da vida alheia, tal como acontece num funeral. Aliás, o funeral é uma excelente ocasião para aprender as melhores anedotas e ouvir as últimas fofocas familiares, salvo raras excepções.
Enfim, aprendi com isto a nunca mais comprar este jornal, antes o popular Correio da Manhã. Se eu soubesse...

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