Assisti ao resumo (por alguma razão adormeço durante os discursos comunistas, fiquei vacinada na festa do Avante) do discurso do novo secretário geral do PCP.
Admiro a usa determinação, mas a ideia que me veio à cabeça foi uma. A do doente quase à morte e que antes de morrer tem uns dias de melhoras. Parece-me ser esta a realidade do PCP. Orfão dum modelo de insucessos políticos (motrem-me um caso dum regime comunista de sucesso!), parece-me que anda a definhar há bastante tempo. Olhando para a conjectura política portuguesa acho que perderá rapidamente a sua voz, importância e sentido. O BE parece-me em melhor posição de compreender e fazer-se compreender na política em Portugal. Olho para muitos militantes do PCP, e vejo que a principal razão da sua filiação é a luta contra o fascismo e a sensação de estarem num partido de iguais que os protegerão até ao fim. Penso que os ideais dessa geração se transformaram nas seguintes, penso que o BE é mais apelativo comparativamente com o PCP. É mais aguerrido, é mais combativo. E sinceramente penso que a resistência ao renovadorismo dentro do partido é um erro que o PCP pagará bem caro.
Voltamos a uma linha mais dura, ao exemplo de Cunhal, vejamos qual a resposta dos portugueses. Veremos qual o futuro dos marxistas leninistas em Portugal. O tempo o dirá...
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