terça-feira, abril 05, 2005

Escolhas

Fizemos, onte, na aula uma jogo de argumentação. Cada um dos alunos teria de defender uma personagem, do grupo uma minoria teria de ser escolhida para entra num bunker, devido a um acidente, nuclear, por exemplo. Havia personagens para todos os gostos e feitios, de todas as faixas etárias. A base de construção de uma nova sociedade ficava nas mãos deles.
De líderes religiosos de 84 anos, até amas, crianças, professores cegos, médicos paraplégicos, futebolistas, jornalistas, escritores, fadistas, anões, e outros tantos havia muito onde escolher.
Rimos bastante, apontámos falhas de argumentação, pontos fortes mas essencialmente deu para ver alguns preconceitos arraigados. Numa das turmas a argumentação foi fraca, não tanto pelo pouco grau de argumentação dos alunos, mas mais pela incapacidade de sair da caricatura da personagem. Trataram, na minha opinião, a personagem como um todo, como a suma de todas as Personagens possíveis e não tanto como uma pessoa. Daí que algumas pessoas tenham tido uma dificuldade extra a defender a sua personagem, primeiro porque não se identificavam com ela, segundo porque não se interessaram ou procuraram identificar os pontos fortes de defesa.
É em brincadeiras como esta que tentamos incutir um espírito crítico aos alunos, procuramos ver as dificuldades e pontos fortes da sua argumentação, e tentamos prepará-los para discussões mais importantes e relevantes.

Sem comentários: