Concordemos numa coisa, não deveríamos concordar coma mutilação do português que se faz por aí. Tanto a nível escrito, como oral.
Concordemos noutra, alguns livros em Portugal ainda estão demasiado caros. É pena não termos nem mercado nem cultura de livros de bolso. Há duas ou três ténues tentativas de começar a febre, mas não me parece que isso aconteça nos tempos mais próximos.
Já agora, as traduções e revisões andam pelas ruas da amargura.
Tudo isto para dizer duas coisas. Queria comprar a edição de Os Ditadores na nossa língua lusa, mas um artigo numa revista apontava para os erros e gralhas. A edição portuguesa custa cerca de 30 € (um pouco mais) e a inglesa, à venda na FNAC, pouco menos de 12€. Um livro de 30€ com erros? 30 euros deitados ao ar, para ler algo que não está bom para consumo?
Estão a ver o que é que eu escolhi, não estão?
A segunda coisa tem a ver com aulas. Em alguns cursos entregamos uma lista de livros para os alunos escolherem um e entregarem até final do semestre uma recensão crítica. Muitos dos que lemos estão fora da lista. Têm os mesmos (e às vezes novos) erros que tentamos debelar nos nossos alunos.
Não há ninguém que mude isto?
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