domingo, outubro 22, 2006

-Como é que vai, avô?

-Mal, mal...
Para quem tinha uma vontade de viver e uma alegria na vida, a resposta é sempre a mesma. Nunca está bem, há sempre alguma dor, alguma maleita, alguma desconfiança que lhe atrasa a saúde.

No final do almoço, pergunto-lhe se quer um golinho de licor...já não ouve mais nada, se do de mel, se do de alfarroba, que sim, que sim...

Meio copinho, meio dedal é o que se lhe dá, por causa da medicamentação. Por uns breves instantes, o "-Mal,mal..." desaparece. Por uns breves instantes, está tudo bem, a cabeça esquece as maleitas, mas só por um breve espaço de tempo.

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