Confesso que hoje reconheço a especeficidade de cada meio (literatura, cinema/televisão, bd (que também pode ser literatura, música) para transmitir a sua mensagem e a forma como esta pode ser alterada pelo distintivo meio.
Fazia-me espécie que excelentes livros ou bds fossem tão mal transpostos para cinema, com alterações que a mim me fazia confusão.
Depois do tão aclamado Sin City fiquei mais domesticado. Li todos os comics de Sin City, bem mais do que uma vez, a achei-os brilhantes, mas torci um pouco o nariz à versão cinematográfica por ter sido realizado com base na BD como script/guião. Porquê? Porque o que numa BD desculpamos e nos dá uma noção de brutalidade e violência, no cinema pode passar por comicidade ou efeito kitsch, revejam a cena em que o polícia é agarrado enquanto a personagem (Marv?) guia o carro e enfia a cabeça do agente pelo asfalto. Resulta na BD, mas falha, na minha opinião no filme, o efeito não é o mesmo.
Ora, eu sou fã da BD de Mike Mignola, Hellboy. Uma série sobre as escolhas morais, sobre educação, sobre o sobrenatural, sobre os mitos, e com muitos nazis. Quase tão boa, ou será melhor, é o spinn-off BPRD, principalmente quando é o Guy Davis a desenhar.
Vi o filme e se por um lado fiquei desanimado, por outro fiquei muito feliz. É diferente, embora mantenha o espírito da série original. O filme é menos negro, menos mítico, com mais humor, mas não defrauda, em demasia, o que os fãs estão à espera. E deste modo atinge alguns outros, que lhe dêem uma chance e que queiram entrar no universo, embora a BD seja ligeiramente superior.
Ora, anteontem saiu em DVD, nos EUA, o primeiro filme de desenhos animados Hellboy - The Sword of Storms.
Ainda que em desenhos animados a série não tem como alvo somente as crianças, se é que são o público alvo, e não é tão infantil como, por exemplo, Teen Titans - que poderia ter sido uma excelente série para teenagers e mais além, mas que se ficou pelo público mais novo.
Sword of Storms esquece o traço distintivo de Mignola, o que nem é mau, e aposta num traço mais anime, mais japonês, local onde se passa a história.
Fazia-me espécie que excelentes livros ou bds fossem tão mal transpostos para cinema, com alterações que a mim me fazia confusão.
Depois do tão aclamado Sin City fiquei mais domesticado. Li todos os comics de Sin City, bem mais do que uma vez, a achei-os brilhantes, mas torci um pouco o nariz à versão cinematográfica por ter sido realizado com base na BD como script/guião. Porquê? Porque o que numa BD desculpamos e nos dá uma noção de brutalidade e violência, no cinema pode passar por comicidade ou efeito kitsch, revejam a cena em que o polícia é agarrado enquanto a personagem (Marv?) guia o carro e enfia a cabeça do agente pelo asfalto. Resulta na BD, mas falha, na minha opinião no filme, o efeito não é o mesmo.
Ora, eu sou fã da BD de Mike Mignola, Hellboy. Uma série sobre as escolhas morais, sobre educação, sobre o sobrenatural, sobre os mitos, e com muitos nazis. Quase tão boa, ou será melhor, é o spinn-off BPRD, principalmente quando é o Guy Davis a desenhar.
Vi o filme e se por um lado fiquei desanimado, por outro fiquei muito feliz. É diferente, embora mantenha o espírito da série original. O filme é menos negro, menos mítico, com mais humor, mas não defrauda, em demasia, o que os fãs estão à espera. E deste modo atinge alguns outros, que lhe dêem uma chance e que queiram entrar no universo, embora a BD seja ligeiramente superior.
Ora, anteontem saiu em DVD, nos EUA, o primeiro filme de desenhos animados Hellboy - The Sword of Storms.
Ainda que em desenhos animados a série não tem como alvo somente as crianças, se é que são o público alvo, e não é tão infantil como, por exemplo, Teen Titans - que poderia ter sido uma excelente série para teenagers e mais além, mas que se ficou pelo público mais novo.
Sword of Storms esquece o traço distintivo de Mignola, o que nem é mau, e aposta num traço mais anime, mais japonês, local onde se passa a história.
E, na minha opinião, enquanto projecto e objecto é uma aposta ganha. Tenta ser uma prenda para os fãs, e pela primeira vez vemos Hellboy no Japão, dá-nos as personagens do filme de volta, as vozes das personagens do filme são as mesmas do cinema, e a história tem o cunho de Mignola.
O filme mantém o humor do filme, quantas vezes é possível ouvir Ron Perlman dizer Crap?!, e ainda que apela para audiências mais novas, torna-se apetecível para todos os outros fãs. A dinâmica entre personagens é uma realidade, coisa que nem sempre acontece nestas adaptações animadas, e a animação está a anos-luz do horrível e horripilante The Ultimates (à venda no nosso mercado, em edição nacional).
Por isso, para os fãs de Hellboy este Hellboy Animated é uma certeza animadora, e um bom prenúncio do que possa vir aí.
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