sexta-feira, agosto 31, 2007

Breves e variadas

Escrevi pouco esta semana. Há uma razão particularmente forte, o pc morreu, entregou a alma ao criador. Escrevo agora de um novinho em folha. Quando um tipo pensa que poupou algum...lá aparece um gasto que não estava nas contas....
Todos aqui sabem que nunca gostei do Pepe. Não é por ser brasileiro que estou contra a sua participação na selecção, é porque acho que não traz nada de novo, é um jogador feito pelos jornais (ainda bem porque de outra maneira não nos teriam dado 30 milhões) e que não merece roubar lugar a um português...mas enfim... Ao menos lesionou-se, desculpem lá, e não participa já nestes dois jogos.
O grupo do Porto parece-me acessível. Demasiado. O problema do Porto é ter o Jesualdo como treinador. Ainda que o grupo seja acessível parece-me que teremos sorte em ir à UEFA. Mas não sei se o Jesualdo vai inventar mais alguma coisa até lá. Palpita-me que o Tarik estará fora dos próximos jogos. Foi, para mim, o melhor jogador em campo, mas isso deve ter parecido demasiado a Jesualdo. O tipo ainda marcava um golo, e depois? Tinha de o meter a jogar?
A 5ª série de West Wing não é, na realidade, má! É na verdade melhor, bem melhor, do que pensava. Tinha ouvido dizer tão mal...
Mas...não é igual às 4 séries anteriores. Percebe-se o rombo que foi a saída de Sorkin, criador, como argumentista principal. Nota-se uma certa tentativa de copiar, que por vezes consegue, a forma, os trejeitos, o humor, mas fica sempre aquém. Há um gosto esquisito a qualquer coisa, é a contrafacção. Nos episódios finais, desiste e abre novos caminhos.
Concluindo e voltano ao mesmo, não é má, mas também não é tão boa. Nunca o poderia ser.
Avé, Aaron Sorkin.

terça-feira, agosto 28, 2007

Cinema (Breves)



A Última Legião é um enorme despedício. De talento, dinheiro, forças artísticas diversas e sei lá mais o quê. O filme tem mais música por segundo que a maior parte dos filmes musicais, e decididamente que um filme indiano normal. Não, eu até gostava, mas não estou a exagerar. Parece que toda e qualquer cena tem de ser musicada, a determinada altura irrita.

Depois, como esperar que um realizador habituado aos sets de Hercules, Xena, Mortal Combat e Dragonheart (a sequela) não faça um filme que vai buscar ideias a estes filmes e séries?
O problema é que a determinada altura até queria gostar do filme, sempre gostei de filmes de aventuras, e este fez-me lembrar os que eu gostava de ver e que se faziam. Muita porrada e pouco sangue, mas muitos Arrrgs em compensação. Muito sentido de humor, por vezes escusado, um filme pouco realista, com muitqa tensão sexual, bem alguma, eles queriam mais, mas.... a rapariga tenta.
Colin Firth e Ben Kingsley a serem desperdiçados por completo e Aishwarya Rai a brilhar, no contexto do filme claro.
Um filme para fãs de filmes com aventura, sem sentido crítico algum, e com vontade para rir e desligar os neurónios durante algum tempo.

5/10





Consegui finalmente ver um dos sucessos de verão, Transformers. E não o achei tão mau como o tinham pintado. Atenção, o filme é baseado numa série de desenhos animados, para crianças e dos anos 80, foi feito para render dinheiro, e é lançado no Verão. Estavam à espera do quê?


Ri-me, achei que dentro do estilo há pior, e diverti-me. A segunda parte do filme decaiu um pouco, achei-o mais leve do que poderia ter sido, mas todo o filme é assim. Há muitas mortes, mas quase sangue algum. Os heróis não morrem, nem ficam muito feridos. Mas não me queixo, era assim nos desenhos animados!


6.5/10









Como pode um filme de "terror" ser tão poético? Tão humano, tão libertador?
E ao mesmo tempo ter uma capa/poster tão horrível?
Não me sinto capaz de responder a tal pergunta.
O cinema de terror asiático tem-me surpreendido, e não tanto pelo "gore" da coisa. Os últimos que vi e gostei foram The Ring e este The Eye. O primeiro menos assustador do que esperava, mas que trabalha muito bem ao nível psicológico, principalmente depois do filme terminar. Assutei-me mais depois do que durante o filme.
Este The Eye relembra-nos O 6º Sentido, já que a temática é a mesma. Uma rapariga cega recebe um transplante de córnea, e enquanto recupera a visão e da operação apercebe-se que vê coisas que mais ninguém vê, she sees dead people.......
Mas, onde O 6º Sentido aposta no suspense e no salto do espectador, The Eye, sem perder estes aspectos aposta numa sensibilidade um pouco maior. The Eye é poético, sensível, mais humano, apostando na relação entre mortos e quem os vê, e na progressiva aceitação destes, ainda que com piores actores (ou pelo menos não tão bons), embora a actriz principal seja bastante convincente no papel. The Eye começa pelo susto, mas vai-se concretizando como um filme dramático, que aposta na descoberta do eu, na paz interior, na aceitação e no amor.
The Eye surpreendeu-me, e não o encaro propriamente como um filme de terror. Assusta, mas é mais do que um produto para molhar calças.
Onde The Ring me deixava uma sensação de impaciência e intraquilidade no final, este The Eye vai-nos tranquilizando à medida que o vamos vendo.
Gostei bastante deste filme, recomendo vivamente. Mesmo aos que não gostam de cinema asiático e principalmente aos fãs de 6º Sentido.
8/10

domingo, agosto 26, 2007

Realmente tirar o único tipo que mexeu com o jogo na primeira parte parece-me lógico.
Uma substituição à Scolari, sai o mais novo.
Tarik em vez de Lisandro...
Boa, Jesualdo.
Primeiro remate do Postiga. Porque é que não jogou de início?
ah! Coragem...

FCP - SCP

Em 10 anos de derbys o Porto apenas perdeu uma vez para o Sporting, em casa.
O ano passado, com Jesualdo à frente do SCP.
Um treinador medíocre e com bafo não se atreveria a falar de coragem, Jesualdo fê-lo.
A ver por quantos é que perde hoje.
Além do bafo é míope.

PS. Se o Porto não foi durante a ponta final da época, e está a ser neste início de época, Quaresma e mais dez o que é então?

sábado, agosto 25, 2007

Leituras

O Reino de Deus está dentro de nós, crentes. tudo o que precisamos é desacelerar o tempo humano e tirar tempo para ouvir. Deus está lá todo o tempo.

Leituras

Qual foi a verdade básica que libertou Mª Madalena?
O reconhecimento que Deus a ama com um amor extraordinário. Ora, esse dom - não a cognição intelectual, mas a consciência da sua experiência - é mediado pelo Espírito do Cristo crucificado. A experiência pessoal viva do amor de Jesus Cristo é o poder e a sabedoria que ilumina, transforma e transfigura Mª MAdalena.
Brennan Manning - Convite à Loucura (adaptado)

sexta-feira, agosto 24, 2007

Mr. Brooks

Ontem convenceram-me a ver este filme. Inicialmente trouxe à discussão o meu descontentamento para com dois dos actores (Kevin Costner e Demi Moore), mas face à ausência de oferta ainda não vista ou que algum de nós quisesse ver...
A história anda à volta de Mr. Brooks, homem de sucesso, que mata por vício (a analogia é feita com o alcoolismo, já que a personagem frequente um grupo de alcoólicos anónimos). No último assassínio que comete é fotografado e chantageado pela testemunha para o levar num próximo e breve assassínio.
Para além desta linha narrativa temos o regresso da filha, grávida, a casa e a caça que lhe é feita por uma detective em processo de divórcio.
Para mim o filme comete o erro de ter lá dentro três filmes, é demasiada história junta, ainda que o resultado final seja melhor do que os primeiros 40 minutos pareciam almejar.
De qualquer modo, e dentro da trama não há grandes surpresas, ainda que pelo trailer possamos nos surpreender com uma ou duas cenas.
O filme vale, para mim, por William Hurt que interpreta o subconsciente/outra personalidade/alter-ego (o que lhe quiserem chamar) de Mr. Brooks, há também um certo humor negro que é do meu agrado e o final, ainda que previsível, é minimamente perturbador, não para nós mas para a personagem principal, agrada-me a dúvida final.
Ainda assim, falta um bom bocado para ser um grande filme, mas dos últimos que vi com Kevin Costner até é dos que se vê melhor, se bem que podem esperar pelo DVD.

6/10

Coragem

Jesualdo Ferreira pede coragem ao árbitro do jogo de Domingo.
Aproveito para pedir a Jesualdo Ferreira coragem, já que nos jogos com SLB e SCP o ano passado ficou a imagem de um treinador que não queria ganhar. Contra o SCp apanhámos sempre um banho de bola, contra o Benfica nunca quisemos ganhar, mesmo na primeira volta quando ganhávamos 2-0 e não perdemos por milagre.
Já agora senhor Jesualdo um cadito de coragem não fazia mal.
Pode ser?

DVDTECA IDEAL (A MINHA)


Começo agora por começar a fazer alguns pequenos apontamentos dos meus DVDS. Por nenhuma ordem especial, ou melhor, pela oportunidade que tenho em os (re)ver.

A Lista é longa, comecemos por um francês.



Uma das coisas que mais prazer me dá é conferir a forma como se constrói um texto, a disposição de argumentos e o ponto de vista. O ponto de vista é essencial para determinado texto.

Penso que uma das razões que me levou a distanciar um pouco (cada vez mais, fiquei engasgado na 6ª Série) de 24 tem a ver com a míriade de traidores que podemos encontrar no CTU, na Administração Americana, etc. Serão traições a mais para quem, como eu, é agarrado a West Wing. São duas visões demasiado opostas, e que a determinado momento cansaram-me em relação a uma das séries (neste caso a de 24). Ainda que me tenha aguentado, vibrado e delirado com 4 séries, a partir da 5ª...



Tudo isto para falar de espiões. Devo ter visto todos os filmes de James Bond, e já não sei o que mais me fascinava. Se a ideia de ser um espião, se as mulheres à volta, se o perigo...os carros nunca me fascinaram, nem os de topo de gama. A partir de Timothy Dalton os 007 deixaram de exercer o mesmo fascínio. Gostei de Casino Royal, mas não o encaro como um 007.

Avançando.

Descobri há uns meses a excelente série (qualquer superlativo usado aqui perde-se) inglesa Spooks. Spooks retrata o mundo dos espiões do MI5. Os episódios são actuais, alguns proféticos mesmo, e a vida íntima das personagens minimamente detalhada. Graças a Deus que é uma série britânica, se fosse americana os tiros e os efeitos especiais sobrepunham-se à caracterização das personagens, o que não quer dizer que não haja mortes, tiros e traições na série.


Em Spooks para além da política e das ameaças terroristas um dos temas recorrentes é o impacto da vida de espião na vida pessoal do agente (que vida?), outro que tem vindo à tona tem a ver a moralidade das acções perpretadas pelos mesmos.


Isto para falar brevemente de Agentes Secretos, filme francês, realizado por Frédéric Schoendoerffer e interpretado por Vincent Cassel e Monica Bellucci.

Uma equipa dos serviços secretos franceses é enviada a Marrocos com a missão de destruir um navio que transporta armas para a guerra em Angola. Depois de concluída a missão Lisa é presa. Por quem? Será a missão outra?


Ia adormecendo nos primeiros 40 minutos de filme, achei que o pacing do filme era demasiado lento, mas depois o filme apanhou-me e foi-me surpreendendo. Mais do que gadgets, acção e efeitos especiais o filme mostra-nos a mente destes espiões. Vemos a fragilidade (e as forças) de Brisseau (Vincent Cassel) e Lisa (Monica Bellucci), a solidão da profissão, a falta de amigos, a necessidade da mentira e da ocultação de factos a estes e a familiares, a inevitabilidade de obedecer a ordens, a questão moral, o confronto com as ordens superiores.

Não sei se os escritores deste filme vêem Spooks mas há alguns pontos em comum, ainda assim a aproach é ligeiramente diferente.

O filme é realista e forte, optando por dar uma imagem dos superiores dos serviços secretos demasiado autoritária e impessoal (saudades do Harry de Spooks). Há duas ou três cenas que me parecem perfeitamente desnecessárias. Num filme destes, e na cena em que é, a cena de nudez de Monica Bellucci (2 segundos para mostrar as maminhas, porquê?), a cena em que a espanhola é morta (tanta conversa para quê? Ainda assim bem melhor que a cena de Cassel em Ocean´s 12).


Um filme a ver, mesmo por aqueles (ou principalmente por estes) que dizem não gostar de cinema francês. Excelentes interpretações, mas aqui sou suspeito, já que aprecio muito Cassel. Gostei de ver a forma como a câmara mostra o cansaço, quase envelhecimento de Lisa. Monicca Bellucci transfigura-se, envelhece e mostra o cansaço, e este é para mim um dos triunfos do filme.




7/10

quarta-feira, agosto 22, 2007

Se esperar por uma foto só posto para o ano que vem.
O ABS (acampamento onde estive na zona de Montargil) correu bem, poderia, quiçá ter corrido melhor, ou pior. Fizemos o melhor que sabemos e conseguimos. Por vezes entre pensar numa coisa e concretizá-la há uma enorme distância. Idealizámos jantares surpresa, com actividades, na minha óptica os campistas encararam-nos como mais uma tarefa do que como uma oportunidade de nos divertirmos.
Mas o ABS serviu para finalmente pedir a minha mais que tudo em casamento, a determinada altura, com a chegada dos pais e o desaparecimento de algumas pessoas, ela começou a desconfiar.
Mas correu bem. Claro que a música teria de ser o mais foleira possível (era boa altura para provar o amor dela, não acham?). Para os que não sabem, o som de entrada do pedido foi Excesso - Eu sou aquele.

segunda-feira, agosto 20, 2007

De Regresso

Uma semana de "férias" depois regresso ao mundo real.
Uma semana em acampamento, com mais de 50 campistas, a dormir pouco e tocar muito sino.
Cansado, mas agradado com a oportunidade.

É engraçado voltar e ver como o mundo mudou.
O Benfica continua a não jogar nada, mas já tem novo treinador.
O Porto, infelizmente, ganhou e por isso continua com o mesmo.
Hostel 2 já estreou, e tem causado celeuma, pelo menos dizia o DN de ontem.
Mike Wieringo morreu. E isto sim, foi um choque. Tentarei colocar algumas imagens deste desenhador de BD ao longo da semana.

De regresso ao mundo real. Dêem-me tempo para me ambientar, ok?

quinta-feira, agosto 09, 2007

Dia de Surf


Confesso que já não me divertia tanto há algum tempo.
Tenho lá por casa o documentário A Marcha dos Pinguins e não vi, o trailer não me chamou nada, o Happy Feet, mas gosto de surf e enquanto jovem vi e revi várias vezes oclássico Os três amigos (filme de surf).
Vai daí lá fui, com a namorada, enfiar-me numa sala de cinema e não dei o meu dinheiro por mal empregue.
O filme é um falso documentário sobre Cody Maverick, um pinguim que vive na Austrália e é a vregonha da comunidade, já que troca o trabalho pelo surf. Um dia é "levado" por um "olheiro" a um campeonato de surf na ilha de Pangu. Cody tem como ídolo Z, um lendário surfista que desapareceu num campeonato naquela mesma ilha, perdendo o campeonato para o, a partir daí, invicto campeão, e não menos convencido Tank Evans.
Cody vai aprender o seu caminho e mostra-nos o que é a verdadeira amizade.
Um fábula interessante, moderna, com hype e muito sentido de humor, ah e uma galinha burrinha, burrinha, burrinha.
O que me parece interessante no filme é que apesar de ser mais uma animação, traz um pouco mais de introspecção e profundidade ao que estamos habituados. E para filme de animação é mais do que poderia estar à espera.
Pena que só tenha conseguido ir ver o filme em português, parece-me que em inglês as piadas serão mais complexas.
De qualquer modo, uma excelente surpresa, e atentem para os CGI, são muito muito bons.
7.5/10

The Host

The Host, filme que estreia esta 5ªFeira, não é fácil de definir. Não foi o que estava à espera, mas não fiquei indiferente. Em primeiro lugar The Host não é, como já disse, facilmente catalogável. Mas o que me parece interessante neste campo é que me parece que o filme não é um filme de acção, com um monstro, com humor, mas é uma amálgama de géneros, amálgama bem definida dentro de si mesmo. Digo isto achando que o registo dos actores se vai alterando ao longo do filme, tendo em conta cada género explorado.
The Host conta a história de uma família (pai, três filhos e neta) que vê a neta ser raptada por um monstro. Daqui para a frente vemos a tentativa da família se livrar dos braços governamentais, e dirigir-se ao combate final contra o monstro.
O filme consegue ter um gostinho neo-realista (really), acção, comédia, drama, mas soçobra no campo do suspense.
É estranho, e a mim dividiu-me, não era o que estava à espera, e fiquei um pouco desiludido, mas é um filme para rever e tornar a pensar nele.
De qualquer modo, é uma lufada de ar fresco. E os efeitos especiais não são, mesmo nada, de deitar fora.
6.5/10


terça-feira, agosto 07, 2007

Estreias da semana


Prometo mais logo, ou amanhã, escrever algo sobre este filme, que estreia na 5ª Feira e já mora na minha colecção de DVDs (graças ao ebay) e também sobre o Dia de Surf.

Citação

O maior pecado é perder o sentido do pecado.

Paul Claudel

Citação

Muitos dos que chegam perto do caminho da fé afastam-se amedrontados pela vida perversa dos maus e falsos cristãos. Quantos, meus irmãos, acham que são os que se querem tornar cristãos, mas são repelidos pelos maus modos dos cristãos?
Agostinho

domingo, agosto 05, 2007

FêCêPê

É verdade que a época ainda está no início, e que os jogadores ainda vão (espero) melhorar muito.
Ainda assim:
Só por embirração e analfabetismo se pode dispensar Ibson, que pelo que se tem visto tinha mais do que lugar nesta equipa.
Se Tarik não ficar comprova-se a incompetência de Jesualdo e a forma como analisa os jogadores.
Não contar com Hélder Postiga, e eu nem o tenho em particular estima, neste momento é puro daltonismo.
Ainda não consegui descobrir o porquê do duelo entre o Porto e o Corunha por Bollati, o que vi até agora (e de outros vi bem menos minutos) foi mauzinho.

Público de 5 de Agosto

A notícia intitula-se 'Conselho da Europa quer fim de palmadas às crianças'.
Começa assim 'Nem açoite, nem tabefe, nem palmada' e parece que o Conselho quer lançar uma campanha "para mudar mentalidades", segundo o mesmo nada justifica castigos corporais. Mais à frente no artigo lemos que a violência física é um atentado aos direitos da criança como pessoa. A Secretária geral adjunta do Conselho da Europa, a holandesa Maud de Boer-Buquicchio diz que "não temos autorização para lhes bater, para as ferir, nem para as humilhar".
Penso que tudo isto é uma patacoada. Primeiro confunde-se uma palmada, um açoite com violência, depois há a frase final que junta os correctivos físicos na ideologia de que têm como finalidade (ou são essencialmente) para ferir ou humilhar.
Ninguém gosta de ver um adulto infligir violência a uma criança, mas penso que aqui deverá existir cuidado. Uma palmada nunca fez mal a ninguém, dada no local certo, na altura certa e com a explicação devida.
Lembro-me que levei três estalos aos 6 anos por apalpar uma vizinha e colega de escola. Serviram-me de lição e nunca mais o fiz, outros advogarão que a minha mãe (autora do correctivo) deveria ter somente falado comigo e castigar-me de uma outra forma. Lembro-me de uma amiga ter estagiado em Inglaterra e horrorizada dizer que foi uma má experiência, crianças entre os 4-7 anos batiam fisicamente nas professoras, que nada podiam fazer, porque o correctivo físico é proibido. Sim, ainda levei um ou dois tabefes da professora primária, e não era por causa disso que não gostava dela ou lhe tinha mais respeito.
Hoje, estamos na era da comunicação, achamos que tudo se resolve com palavras ou com castigos (Vai para o quarto! - com tv cabo, internet e telemóvel).
A palmada não deve ser dada como escape, ou como desculpa para toda e qualquer asneira, mas parece-me que uma palmada pode ser útil. As crianças têm direitos, talvez até o direito de pôr os pais em tribunal num futuro não muito próximo. Parece-me que o que falta é um equilíbrio, olha-se para o problema como um oito, e inventa-se uma solução que é um oitenta.
Aceito que o Estado e a Europa entrem no espaço privado quando há lógica e sentido, quando isso não acontece deixamos de estar em Democracia, o autoritarismo é uma realidade, emboçada, mas não menos real.
É a liberdade preconizada pela Europa, somos todos livres de fazer o que eles querem, como eles querem. Uma Europa que pouco tem dado, uma Europa que renega as origens, uma Europa que sabe o que é hoje, mas não sabe o que será amanhã, uma Europa que respeita as costumes africanos, asiáticos, religiosos e culturais, mas que se vai apagando a si mesma pelo respeito aos outros.
começo num ponto e termino num outro, a verdade é que para mim está tudo ligado. E vocês, o que acham?

sábado, agosto 04, 2007

Bons Prenúncios

Aston Villa bateu, em jogo de preparação, o Inter de Milão por 3 a 0.

Prepared para a nova época?

sexta-feira, agosto 03, 2007

Bola(s)

18 minutos de Feynord - FCP.
A equipa do Porto é quase uma cópia da do ano passado (para quê comprar tantos reforços, se não jogam?)
O jogo é soportífero. A equipa pouco criativa (à imagem do treinador Jesualdo).
Do jogo contra o Boavista três repetentes (para quê ganhar 3 a 0?)
E o Treinador diz que esta será a base do jogo contra o Sporting...
Este ano só torço por uma equipa, Aston Villa!
A menos que Jesualdo saia. Antes do final da época.

Ainda The Hoax

Continuo a pensar em The Hoax/Golpe quase Perfeito.
Foi dos filmes que mais prazer me deu ver nos últimos tempos. Uma das razões é ser um caleidoscópio de temas.
Interessa aos escritores e leitores. A questão da escrita, a questão do escritor (poeta) como fingidor, que finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente. Pessoa está presente no filme, como interpretação claro! A noção da mentira como verdade se for dita muitas vezes e dita convincentemente.
A questão da moral, porque nos apaixonamos pela personagem, perguntamo-nos como é que ele se vai safar e vemos que a determinada altura a imoralidade anda de mãos dadas com um lunatismo deliciosamente doido.
A queda do mundo criado que não tem nada a ver com a realidade e a forma como a realidade entra nesse mundo e o traz, Irving (por momentos?), de volta. As cenas finais intrigam o espectador, mas mostram a confusão psicológica em que Irving tinha caído. Resta ler o livro do próprio para saber se a leitura de Hallstrom é correcta e se Irving conseguiu salvar-se da patologia.
Um filme a ver...

Citação

Deus não tem importância nenhuma, a não ser que tenha absoluta importância
Abraham Heschel
Traduzir o espírito contemporâneo não é assim tão difícil.

António Costa e o Zé

Para quê comentar quando o Eduardo já disse tudo?
Dando de barato o nonsense do “acordo”, há aqui um ponto que não deve ser escamoteado: se, antes do escrutínio de 15 de Julho, Costa tivesse sequer sugerido a possibilidade de um “acordo” ulterior com José Sá Fernandes, mesmo sem pelouro, perdia logo um terço dos seus potenciais eleitores. Está escrito nas estrelas que “isto” vai acabar em desastre. É só esperar pelo próximo túnel. Quem não percebe a evidência, devia meter explicador.
Que o BE deixe de ser a força política para passar a ser partido sério (com tudo o que isto acarreta) não me choca tanto quanto o Pelouro oferecido (ganho) a Sá Fernandes. Depois da birra do túnel? Concordo com o Eduardo, isto vai acabar em desastre.

quinta-feira, agosto 02, 2007

7 anos

Ao final de sete anos de namoro fico feliz ao constatar que ela ainda não se fartou de mim.
Amo-te prinçusa linda.
Bigado pelo dia de ontem.

The Hoax/Golpe quase perfeito

Ontem comemorei 7 anos de namoro, mas nem a comemoração convenceu a namorada a acompanhar-me à antestreia de Golpe quase Perfeito de Lasse Hallstrom. A razão? Uma antipatia por Richard Gere!!!
Assim e apanhado desprevenido à última da hora, ainda consegui arranjar companhei a arrastei o N. comigo.
Se a semana passada tinha ficado desiludido com Os Simpsons, esta semana fiquei muito agradado com este filme, filme do qual pouco sabia, ignorava mesmo ser realizado por Hallstrom, realizador do muito amado cá em casa As Regras da Casa.
Golpe quase Perfeito narra a história de Clifford Irving (Richard Gere), um escritor que na década de 70 quase conseguiu enganar meio mundo, ao vender a publicação de uma auto-biografia do excêntrico milionário Howard Hughes, que já não aparecia em público há alguns anos. O filme retrata o processo criativo, as diferentes formas de pesquisa, a escrita do mesmo e a forma como Irving conseguiu convencer toda uma editora e jornalistas de que o livro era real.
O filme acaba com uma canção em que podemos ouvir nem sempre tens o que queres. Gere é brilhante no seu papel, maníaco quanto baste, tenta convencer-se a si mesmo antes de convencer os outros de que o que diz é verdade. A personagem de Gere é divertida, mentirosa, maníaca, manipuladora, sonhadora.
O filme transmite de forma decente o ambiente político dos anos 70, o Vietname e as dificuldades governativas de Nixon.
Essencialmente é um filme sobre um embuste impossível e a forma como Irving o vê como real. A personalidade de Howard Hughes premeia todo o filme, mas mais do que a busca pelo verdadeiro Hughes o filme mostra a busca obsessiva pela mentira. Neste sentido é mais obssessivo que Zodiac de David Fincher, mas aqui mais do que a busca pela verdade é a busca por uma verdade possível, que alimenta a personagem e lhe toma a vida.
Nem sempre temos o que queremos, e nem sempre devemos buscar o queremos sem olhara a meios.
O filme surpreendeu-me, e a questão da verdade/mentira e a forma como vivemos com ela preenche todo o filme, arrisco-me a dizer que é o seu tema principal. Nesse sentido é moralista, mas não simplista.
É um filme divertido, mas também mais negro e pesado, uma dicotomia que Hallstrom maneja com mestria. Alfred Molina é também brilhante no papel de Haskins, o amigo de Irving, co-autor do livro que vai colocando sumo e consistência neste. Destaquem-se também os actores secundários, todos em excelentes prestações, Marcia Hay Harden (excelente), Julie Delpy(desculpa para mostrar a mamoca), Eli Wallach(que saudades do porco cowboy), and Stanley Tucci (palmas para ele também).
Uma excelente surpresa.
8/10
PS. Foi a primeira vez que fui ao cinema no Campo Pequeno, e pelo menos a sala 2 é acima da média, o som é excelente, e as cadeiras não no tornam o traseiro quadrado, como a semana passada no Corte Inglês.