sexta-feira, janeiro 11, 2008

Amorfos, às armas

O João voltou a vestir a camisola do Governo, o que é bom, e a defender todas e quaisquer opiniões e decisões Socráticas.
O ponto não me parece ficar a saber que "o Governo também tem dúvidas e também se engana." Todos o fazem e em algumas situações é melhor que tal aconteça, como dizes, "Até porque não há mal nenhum em mudar de opinião. Desde que seja para melhor."
Antes assim...
A questão é na forma como a situação é tratada, o que se diz ou deixa de dizer.
Sócrates desde sempre apostou na continuidade dos membros do Governo, quer vão fazendo alguma coisa ou não, quer abram a boca para vociferar os maiores disparates. Longe vai o tempo em que o Governo de Santana era criticado pelas maiores (ou não) alarvidades proferidas ou cometidas pelos seus membros.
Jornalistas, oposição, opinion-makers todos alardeavam a necessidade de correr com alguns ou todos os ministros.
Hoje, é a pasmaceira total. Ao "jamais" irónico nada acontece.
A criança é criada com base no castigo ou reprimenda, física, visual, oral ou outra. O que passa para o país é que Sócrates nada diz, nunca, sobre o agir dos seus Ministros. É um pai que sorri muito, elogia muito, mas perante as asneiras do filho fora de casa, fica ali, a ver o filho asneirar, complacentemente, e na primeira oportunidade diz que sim, que o seu filho é o melhor do mundo e deixa-o orgulhoso.
Não basta mudar de opinião, quando para fora se mantém a mesma forma de (re)agir. O que me pasma em tudo isto é, por um lado, o saco roto em que caem todas e quaiquer reinvidicações ou pedidos de pedidos de desculpa, por outro a forma como o país reage. Ou melhor, como não reage.

1 comentário:

João Narciso disse...

Caro Tiago,

já deves ter percebido que o nosso primeiro ministro não alinha nas cantigas dos "opinion-makers" que tanto te impressionam. Os "opiniom-makers" defendem uma remodelação como forma de reforçar a popularidade do governo. Mas, como também já deves ter percebido, o nosso primeiro-ministro não alinha em populismos nem em votos fáceis. A decisão de remodelar o governo, como qualquer outra decisão, não deve ser tomada por ser melhor ou pior para a popularidade do governo. As decisões, por muitos custos que tenham, tomam-se em favor de Portugal.