terça-feira, janeiro 22, 2008

Dot-Com

Vi, ontem, o filme pela 3ª vez.
É assim tão bom?
Não é e, ao mesmo tempo, é.
Filmes portugueses sem maminhas (sexo) ou asneirada a torto e a direito são uma miragem.
Este não tem sexo, e poucas asneiras. Continuo a achar que o sucesso de filmes como Corrupção ou Call Girl (que não vi) se deve mais aos atributos físicos da actriz, do que ao conteúdo do filme. Infelizmente, os portugueses só vão ao cinema ver filmes do burgo se estes mostrarem carne. O que a mim não me choca, é a evolução natural das revistas choque e cor-de-rosa. Enfim...
Gosto de Dot-Com porque nos mostra que podemos fazer um filme, sem grandes condições de produção, que nos faça rir e ao mesmo tempo que nos pinte como realmente somos.
É um filme simples, uma comédia engraçada (que é cada vez mais difícil de fazer), mas que fica a milhas do filão Malucos do riso.
A questão é se podemos fazer filmes? Claro. Mas há que ter sabedoria para discernir o quê e o como. Já percebemos que temos alguns realizadores interessantes. Falta o graveto, e muitas vezes os textos. Queremos fazer CINEMA, mas faltam-nos as cordas para podermos tocar.
Dot-Com prova que com tempo e jeito podemos fazer cinema com alguma qualidade, que agrade a muitos espectadores. Pena que muitos não o tenham percebido, e o tenham deixado passar despercebido.
Mas, está aí em venda directa. Aproveitem...

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