Os jornais de 6ª Feira e de fim de semana estavam pejados de entrevistas com Saramago. Como escritor admiro-o por dois ou três livros (o Memorial do Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis e o Ensaio sobre a Cegueira), mas abomino-o (quiçá uma palavra demasiado forte) por quase todos os outros. Lembro-me de ter deixado a meio o Todos os Nomes numa espécie de sonolência doentia, e de ler as últimas 10 páginas, para ver como a coisa acabava. Perdi demasiado tempo com aquele livro.
Lendo as entrevistas compreendo que o problema é meu, as entrevistas destilam Saramago, a opinião política, a repulsa pela direita, o pessimismo extremista, e a obsessão pela morte estão lá. tanto nas entrevistas, como nos livros. Só vai às cegas quem quiser.
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