Arturo Pérez-Reverte é um dos meus autores favoritos.
Ainda que não tenha gostado de um dos últimos livros, O Cemitério dos Barcos Sem Nome, comungo do gosto pelo literário e fantástico, O Clube Dumas, e perco-me no seu requinte policial.
Este livro, O Pintor de Batalhas, pouco tem a ver com os três citados.
É igualmente intenso, mas claustrofóbico, duro e cruel como a realidade que tenta dissecar.
Faulques, um antigo fotógrafo de guerra, retirou-se para uma pequena povoação junto ao mar, onde pinta, no seu farol, um longo e largo quadro sobre a guerra, pegando em quadros e fotografias, clássicos e modernas, sobre o assunto.
Um dia recebe a visita de um antigo soldado de uma guerra civil, que perdeu tudo o que tinha por ter sido fotografado por Faulques. Cara a cara promete matá-lo.
E todo o romance constrói-se em cima das conversas dos dois, da memória de Faulques, e na interiorização, por parte do leitor, da natureza humana.
Um romance curto que me custou a ler, um exercício de filosofia sobre a guerra e a forma como a vemos, ou como é vista por diferentes prismas.
Um livro indispensável.
Para mim, um dos melhores de 2007.
50 anos de democracia em Portugal
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Há 20 horas
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